Câncer
Revisão sistemática e insights clínicos: o papel da dieta cetogênica no tratamento do glioblastoma na neurociência do câncer
Glioblastoma (GBM) é o tumor primário mais comum e agressivo do sistema nervoso central, e tem um prognóstico muito ruim. Apesar dos avanços em tratamentos como cirurgia, quimioterapia, radiação e terapias direcionadas, esses métodos geralmente apresentam riscos significativos e eficácia limitada.
Há um interesse crescente em abordagens complementares como a dieta cetogênica, que induz a cetose, mudando a fonte primária de energia do corpo de glicose para cetonas. Como as células GBM dependem do metabolismo da glicose devido ao efeito Warburg e podem ter dificuldade para usar cetonas, elas podem se tornar mais vulneráveis à privação de energia e aos tratamentos convencionais de câncer.
Uma revisão sistemática recente avaliou o potencial da dieta cetogênica como terapia adjuvante para GBM, com foco em sua viabilidade e eficácia em diversos tipos de estudos.
As descobertas demonstram que a dieta cetogênica é segura e bem tolerada, com efeitos adversos mínimos relatados. Vários estudos sugerem que essa abordagem pode melhorar os resultados de sobrevivência em pacientes aderentes quando usada junto com terapias padrão. A dieta parece criar um ambiente metabólico desfavorável ao crescimento do tumor, potencialmente aumentando os efeitos da quimioterapia e da radiação. No entanto, os estudos atuais são limitados por pequenos tamanhos de amostra, falta de grupos de controle randomizados e variabilidade na adesão à dieta.
Embora a dieta cetogênica seja promissora como terapia complementar para glioblastoma, estudos mais bem elaborados são necessários para validar sua eficácia e facilitar sua integração aos protocolos padrão de tratamento de GBM.